Uma descoberta nunca vem sozinha... A vingança, por vezes, é inevitável, mesmo sem fundamento.
(Nota: Devido a vários comentários postados anteriormente, sinto-me no dever de avisar que o início da história começa no fundo do blog e não no primeiro post, e que essa situação não dá para alterar)
Domingo, 15 de Abril de 2007

A Descoberta

Sempre foi dito a Helene que os pais tinham morrido de doença, por coincidência ao mesmo tempo. Como era um assunto que incomodava Helene, esta nunca o explorou a fundo. Também nunca foi apresentado a promenor o que faziam os pais, nem porque tinham eles falido e entrado em decadência financeira. Mas o que encontrou naquela noite esclareceu muitos anos de ignorância.

 

Ao entrar na sala, Helene sentiu uma brisa gelada, que a fez sentir uma intrusa. Por momentos pensou retroceder, mas continuou pois a sala exercia sobre ela uma atracção inexplicável. Quando entrou por completo, não via nada, e acendeu uma vela que estava próxima. Aí, ficou claro para ela que não era um escritório, mas uma biblioteca com uma secretária. Helene adorava a leitura. Passou os dedos sobre as lombadas empoiradas e leu os títulos. Procedeu sempre da mesma maneira até à última prateleira. Lá, verificou que esta não continha livros, mas pastas. Abriu algumas e apercebeu-se que eram papéis de negócios de Mr.Cole. Mas houve uma que lhe chamou a atenção: uma pequena e insignificante paste, de cabedal negro. Abriu-a e reconheceu, com espanto, o nome de Antoine DeLover. ELa desconhecia qualquer relação entre o seu pai e Charles Cole. O que leu em seguida deixou-a gelada.

Charles Cole e Antoine DeLover tinham sido parceiros de negócios ainda novos. No entanto, uma zanga entre ambos separou-os e cada um seguiu o seu próprio negócio. O negócio de Antoine foi bastante mais próspero que o de Charles Cole, o que levou à inveja extrema do primeiro, pois ao contrário de Antoine, Mr.Cole era extremamente competitivo. Logo, Cole engendrou um plano de vingança contra Antoine, plano este que resultou, deixando Antoine DeLover e a família sem negócio, obrigando-os vender todos os seus perteces.

 

A Helene apenas foi permitido conhecer estes detalhes, pois quando lia uma nota no canto inferior de uma página, "DeLover e Cristina partiram em viagem para Roma", a porta da sala abriu-se, revelando uma irada Maryanne Cole, que reconheceu de imediato o que Helene lia.

 

-O que julga que faz aqui, menina DeLover?!

-Eu estava apenas a ver... não era minha intenção ler documentos privados de seu marido. Perdoe-me senhora...

-O que a levou a ler esses documentos? Deveria saber que não devia entrar em salas fechadas. Não é da sua conta o que está aqui guardado, menina! Daqui para a frente, limite-se a educar Anne Mary, pois tudo o resto não lhe diz respeito. E já que estamos a falar da educação de minha filha, devo dizer que não me agrada que a leve para fora de casa. Daqui em diante, vai resumir-se a dar-lhe as lições e ocupá-la durante a tarde, e qualquer saída para fora dos portões desta casa será punida severamente. O mesmo se aplica a Charlotte.

-Sim, senhora, mas achei que faria bem a Anne, pois....

-Não é paga para achar nada, menina DeLover. E por favor, trate-a por Anne Mary, pois apenas os mais próximos a ela têm esse direito. não tem permissão para a tratar por diminutivos.

-Sim, senhora.

 

Helene abandonou a biblioteca mortificada, decidida a nunca mais facilitar a vida aos Cole, já que tinhm sido os responsáveis pela falência dos seus pais. Apenas Anne Mary teria o direito de conviver com ela, assim como Charlotte. Embora adorasse a pequena, não passaria mais horas naquela casa de traidores mais tempo do que aquele que lhe era solicitado.

publicado por Libera às 22:12
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2 comentários:
De mj a 15 de Abril de 2007 às 23:42
Tens umas gralhas no texto. deves emendar.
A história é interessante mas não deves ir tão depressa. mais alguns promenores ajudavem a perceber melhor. não te esqueças que o leitor tem k ter tempo para ir "absorvendo" a história. Por ex: no 2º parágrafo, quando dizes que ela entra na sala, só mais tarde se percebe que sala é.
De qualquer modo estou a gostar. bj.


De mj a 15 de Abril de 2007 às 23:52
Ups! Só agora é que percebi que isto aparece ao contrário. Eu sei que nos posts é assim, mas neste caso, sendo uma história, isso não deveria acontecer. Não podes inverter?


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