Uma descoberta nunca vem sozinha... A vingança, por vezes, é inevitável, mesmo sem fundamento.
(Nota: Devido a vários comentários postados anteriormente, sinto-me no dever de avisar que o início da história começa no fundo do blog e não no primeiro post, e que essa situação não dá para alterar)
Quinta-feira, 24 de Maio de 2007

Uma nova amizade

Enquanto passeava com Leonardo, Helene foi conhecendo o passado da sua companhia.

 

-Disse-me que tinha algo em comum comigo...O que era? - interrogou Helene.

-Meus pais também eram italianos. Giuseppe e Cynzia Santorini eram os seus nomes...

-Então... Você vive com os seus avós, estou certa? Porque não vive com os seus pais?

-Meu pai abandonou-me e à minha mãe, quando eu era ainda um rapazinho. A minha mãe morreu de doença quando eu tinha 11 anos...

-Compreendo. Meus pais morreram quando eu era pequenina, e fiquei a viver com a minha tia Maria. Ela faleceu também, há algum tempo.

-Então...mais uma coisa que temos em comum! Uma coisa triste, mas... - comentou Leonardo.

-De facto.

-Desculpe insistir, mas...de que morreram os seus pais?

-Não sei. Eles partiram numa viagem de negócios. Iriam voltar, é claro. Deixaram-me com a minha tia até ao seu regresso, que nunca se deu...

-Porque nunca perguntou o que lhes aconteceu? - perguntou Leonardo.

-Porque ninguém sabe ao certo. A minha tia inventava uma história de cada vez que lhe perguntava onde eles estavam, para não me contar a verdade. Eu cheguei a pensar que eles me tinham abandonado propositadamente. Mas quando a tia morreu, encontrei um telegrama antigo na gaveta da sua secretária. Pelo que percebi das letras que restavam, foram assassinados...mas ninguém encontrou o responsável.

-Triste, de facto. Lamento imenso. Lembra-se deles?

-Não, não lembro. Nem faço ideia de como eles eram. A tia chorava senmpre que falava neles... Portanto nunca tive coragem de lhe perguntar.

-Os meus avós dir-lhe-iam. Porque não perguntou?

-Ora, não me lembrei de tal coisa! Já passou algum tempo desde que ocupava os meus dias a pensar nisso...

 

Leonardo não insistiu no assunto, mas continuou a querer saber da vida da recém conhecida.

 

-E...ambiciona algo para o futuro? - perguntou.

-Estou bem assim...acho. Trabalho em casa dos Cole, como perceptora da menina mais nova. É encantadora! Gosto muito dela...

-E gosta de lá trabalhar?

-Já não...não há dia nenhum em que não deseje sair de lá, mas não posso. O que seria da menina sem mim? Para além disso, necessito do dinheiro. Não esqueça que vivo sozinha.

-Estranho...

-O que é estranho? - perguntou Helene, admirada.

-Quando pergunto quais as ambições a uma rapariga, inclui sempre um casamento.

-Não é, neste momento, uma prioridade. Não me julgue igual a outras raparigas...Duvido que haja poucas como eu.

-Peço desculpa se a ofendi - disse Leonardo, humildemente.

-Não me ofende de modo algum. Ora...que maçada. Olhe as horas! Tenho de ir para casa...Voltaremos a encontrar-nos - acrescentou com um sorriso.

-Então, deixe-me levá-la a casa... Não permitiria de modo algum deixá-la ir sozinha.

publicado por Libera às 20:15
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